terça-feira, 29 de maio de 2012
Como Mass Effect 3 irritou seus fãs
Ainda é cedo para saber qual é o melhor game de 2012, mas o título de jogo mais polêmico do ano já tem dono: Mass Effect 3. A conclusão da saga espacial da Bioware seria lançada em 2011, sofreu adiamento e chegou às lojas, em março deste ano, causando alegrias e descontentamentos nas mesmas proporções.
ME é uma grande franquia, e seus personagens estão entre os mais queridos da atual geração de consoles. O problema é que, após investir mais de uma centena de horas jogando os três títulos da franquia, muitos fãs ficaram insatisfeitos como a forma que a história foi conduzida neste último capítulo. As reclamações se devem a vários fatores. Vamos entender os motivos destas queixas.
1. DLCs essenciais
A história de ME3 começa de sopetão. Quem não jogou o DLC Arrival, de Mass Effect 2, vai sentir dificuldades em compreender a situação geopolítica da galáxia no começo do 3. Falando em DLC, outro conteúdo que está nitidamente integrado à campanha (tanto que já vem no disco, embora desabilitato) e revela mais sobre os extintos Protheans só pode ser jogado mediante pagamento adicional.
Aqui, cabe uma crítica ao modelo atual da indústria de jogos: conteúdo por download era para ser opcional, uma forma de adicionar novos elementos ou de estender a história – como a Bethesda fez com o sucesso Fallout 3 ao lançar a expansão Broken Steel, apenas para citar um exemplo do gênero RPG de ação. O problema é que a Bioware, produtora de Mass Effect, tomou um curso oposto, fazendo com que o conteúdo extra se tornasse praticamente obrigatório. Trata-se de uma prática conhecida como “milking” (“ordenha”), muito mal vista pelos fãs, já que faz com que a fabricante lucre em cima da lealdade dos jogadores por determinada franquia.
2. Multiplayer obrigatório
Para conseguir o melhor desempenho possível na última missão, o jogador precisa ter acumulado algumas horas de jogatina online (seja no multiplayer do jogo, seja através de aplicativos para celulares) para aumentar a prontidão da galáxia antes de realizar o assalto final. Porém, nem todo mundo tem acesso a smartphones e boa conexão de Internet, o que exclui parte dos jogadores.
Além disso, Mass Effect sempre foi um jogo para um jogador, e nem todo mundo gostou do modo online – para estas pessoas, o que era para ser uma distração acaba virando obrigação. Fora o fato de que será praticamente impossível conseguir irmãos de armas após a comunidade do game se desmantelar – algo natural, especialmente se considerarmos que existe uma massa de jogadores que migra para outros games após terem finalizado o jogo. Esperar fidelidade a um único título é um erro. O mais correto seria permitir que houvesse recursos suficientes para um jogador solo vencer a guerra sozinho, dando a opção de encarar a última missão após conseguir recursos tanto offline quanto pela Internet.
3. Final vago e pouco variado
O motivo número um das reclamações da comunidade gamer em relação a Mass Effect é o seu final. Muitos fãs se sentiram abandonados justamente na parte em que o jogador deveria ser recompensado, que é após concluir a missão.
Sem estragar a trama para quem ainda pretende jogar, basta dizer que o principal atrativo de todos os games da série Mass Effect são as dezenas de escolhas e os rumos da história após cada decisão do jogador. O problema é que muito pouca coisa muda em todos os finais do game – basicamente a cor da “magia espacial” disparada pelo dispositivo montado pela aliança para combater os invasores Reapers. Com isso, a principal decisão da série, o que vai definir o futuro da galáxia, acaba perdendo peso.
Aliás, o conflito acaba com um gigantesco Deus Ex Machina (literal, ainda por cima), sem mostrar o que aconteceu com toda a tripulação da Normandy. Tudo bem, Mass Effect sempre foi a saga do comandante Shepard, mas seria interessante saber o que aconteceu com cada um dos seus antigos companheiros de batalha.
No final das contas, o último lançamento da franquia acaba sendo semelhante ao encerramento de outro produto igualmente discutido na indústria do entretenimento: a série de TV Lost. Assim como no seriado, o resultado apresentado é estilo “ame ou odeie” – tem gente que vai se satisfazer apenas pela jornada épica, mas é compreensível que muitas pessoas sintam que mereciam mais explicações – tanto que os próprios fãs se encarregaram de criar teorias para explicar o final, preenchendo as lacunas apresentadas nas últimas sequências.
A reação dos fãs
Com a insatisfação, vieram os protestos. Os primeiros foram bem-humorados, como o surgimento de um novo meme (contém spoilers, mas clique aqui para entender). Depois, jogadores mais exaltados ameaçaram processar a fabricante por propaganda enganosa, alegando que a Bioware havia prometido uma conclusão para a saga, e isto não havia ocorrido. Outro grupo mais moderado se manifestou mandando centenas de bolinhos para a sede da companhia, como forma de pedir por uma zerada melhor.
A solução
Exageros à parte, a reação dos jogadores teve resultados: no dia 5 de abril, a EA postou uma carta aberta em seu site (clique aqui para ler na íntegra, em inglês) anunciando que o jogo teria uma versão extendida, com cenas adicionais e um epílogo. Segundo Casey Hudson, produtor executivo da série, a expansão levou em consideração o desejo dos jogadores, mas mantendo a integridade da visão artística da equipe que desenvolveu o título.
O problema é que este tipo de iniciativa pode gerar um precedente perigoso: assim como muitos jogos são lançados cheios de bugs, que acabam corrigidos posteriormente por patches, agora testemunhamos algo relativamente inédito: um “patch” de enredo. Notem também que tanto a EA quanto a Bioware não mencionaram valores referentes a esta “versão extendida”, nem qual o seu real conteúdo – seriam mais minutos jogáveis, ou apenas um vídeo final? Por enquanto, as informações sobre esta atualização permanecem semelhantes ao final original de Mass Effect 3 – ainda precisam de mais explicações.
Mass Effect Infiltrator
A Electronic Arts disponibilizou o game Mass Effect Infiltrator para dispositivos Android no Google Play. O título de tiro e ação pode ser adquirido por US$ 6,99 (cerca de R$ 14) e é compatível com a versão 2.2 do Android ou superior. A página de download recomenda que o usuário baixe o jogo via conexão Wi-Fi, já que o game ocupa mais de 400MB na memória.
Mass Effect Infiltrator
Infiltrator é um jogo de tiro em terceira pessoa que vai contar com armas e poderes especiais característicos da série Mass Effect. Os jogadores controlam personagens que têm como missão libertar prisioneiros capturados pela misteriosa organização Cerberus.
A cada novo prisioneiro resgatado é possível receber bonificações que influenciam positivamente no modo multiplayer de Mass Effect 3, ganhando assim mais pontos e até personagens exclusivos, no modo conhecido como Galaxy at War. Até mesmo as armas desta nova versão portátil podem ser destrancadas no game de console e PC.
Mass Effect: Infiltrator apresenta um personagem totalmente inédito para a série, mas a ação, jogabilidade e inimigos são conhecidos de quem já jogou os outros games nos consoles e PC. O título também foi lançado para dispositivos iOS em março.
Fonte: http://www.joystiq.com/2012/05/23/mass-effect-infiltrator-available-on-android-today/
segunda-feira, 9 de abril de 2012
EA anuncia ''versão estendida'' de Mass Effect 3
Os jogadores "mimimizaram" e a Electronic Arts atendeu. Vem aí Mass Effect 3: Extended Cut, conteúdo extra gratuito para Mass Effect 3 que vai adicionar "mais clareza" ao final do game.
Como você deve bem saber, gamer bem informado, as reclamações foram constantes sobre o final do jogo, tantas que acabaram chamando a atenção da produtora BioWare e da editora EA. O retorno acabou influenciando na decisão das companhias e agora teremos uma espécie de "adicional" para o final.
Segundo a EA, este extra será totalmente gratuito e virá para o PS3, PC e Xbox 360 "em breve". Ele conterá cenas adicionais e epílogos para que o público de novela da Globo os jogadores entendam melhor o final da aventura.
"Estamos orgulhoso com Mass Effect 3 e com o trabalho feito por Casey Hudson e sua equipe", disse Ray Muzyka, chefe da BioWare, em nota oficial. "Desde o lançamento do game, tivemos tempo para ouvir o retorno de nossos fãs apaixonados e agora estamos respondendo. Com Mass Effect 3: Extended Cut achamos que atingimos um equilíbrio em dar as respostas aos jogadores, enquanto mantemos a visão artística da equipe para o final dessa história no universo de Mass Effect", complementou.
Casey Hudson, chefe de desenvolvimento, adicionou que "a equipe modificou as prioridades de trabalho após o lançamento do jogo para fornecer aos fãs um melhor fechamento, com mais contexto e clareza para as coisas".
O lançamento do extra ainda não tem uma data fixa, mas ao menos será gratuito. Também não ficou claro se será preciso terminar o jogo de novo para ver o "novo final" ou se ele poderá ser assistido em separado. Mass Effect 3 já está disponível.
Fonte: Finalboss
terça-feira, 3 de abril de 2012
Mass Effect 3: Polêmica do final e Teoria da Doutrinação [Spoilers]
[ATENÇÃO] HÁ SPOILERS MONSTRUOSOS NESSE ARTIGO!
OBS: sim, o post está enorme (talvez o maior que já escrevi para o blog). Já sei disso, ou seja, não precisa dizer este óbvio nos comentários. Se tiver preguiça de ler tudo de uma vez, leia em doses homeopáticas que não vou ficar triste.
Após duas semanas de tensão, por ter que esperar o fim de semana para
jogar, finalmente fechei Mass Effect 3. Antes de começar a discutir o
aparente fim do(a) Comandante Shepard, gostaria de falar sobre a série
como um todo de uma forma bem particular, como jogadora mesmo e não como
crítica de games.
A série Mass Effect foi uma das maiores experiências, em um meio interativo (um jogo, no caso), que já tive na vida. Engraçado que adiei em quase dois anos jogar o primeiro título, após o seu lançamento, por não gostar muito de filmes, séries e jogos com temática espacial. Paguei feio pela língua, pois a série – com todos os seus personagens marcantes, emoções intensas, sacrifícios, uma narrativa de fazer inveja a diretor de Hollywood e a minha querida Comandante Shepard – me conquistou de uma forma surpreendente e inesquecível.
Quem ainda não teve a oportunidade de jogar a série, por favor, faça um favor a si mesmo e jogue! Você vai entender porque estou dizendo isso.
Bom, mas como em quase toda obra de ficção, às vezes algumas escorregadas acontecem – como aconteceu com o polêmico final desta trilogia. Antes de começar a falar sobre Mass Effect 3, gostaria de deixar algumas coisas bem claras:
O fato do final do jogo não ter me agradado não quer dizer que o game seja ruim. Longe disso, acredito que a série chegou ao seu ápice da convergência entre gameplay, narrativa e visual. Tirando alguns pequenos bugs e quedas de texturas eventuais, ME3 é lindo de se ver.
Estou dizendo isso porque irei fazer críticas, até um pouco duras a alguns aspectos do jogo, mas continuo amando a série. Por isso mesmo, não vou jogar “panos quentes” nos fatos só porque sou fã. Isso não seria justo com os leitores que, pelo menos a meu ver, estão lendo esse artigo para buscar informações relevantes sobre o game.
Dito isso, vamos à análise dos aspectos que mais geraram discussões, controvérsias, revoltas xiitas e queimação de sutiã em praça pública: o final de Mass Effect 3. Vou me ater a expor algumas dúvidas que tive em relação a este final e a “teoria alternativa” que criaram para nos ajudar a “engolir” o final. Espero que isso gere uma boa discussão nos comentários. Essa não é uma análise como costumo fazer (ordenando por gráficos, gameplay, história…), na verdade, este post é mais um debate. Espero que gostem e que participem…
E chegamos ao fim de Mass Effect 3… Que frustrante…
Poucos dias depois do jogo ter sido lançado já era comum ver em sites, blogs e fóruns algumas pessoas possuídas pelo ódio com o final do terceiro jogo. Como tentei evitar ao máximo ler sobre o game, só agora percebi o porquê de tanta indignação: o final de ME3 não é o que eu esperava para finalizar a série.
A sensação que tive quando fechei o jogo não foi de ódio, ou vontade de jogar computador longe (até porque nem terminei de pagar). O sentimento foi de frustração mesmo, ao ponto de eu me perguntar: “puxa, então tudo o que eu fiz ao longo dos três jogos, todo o exército que reuni, toda a personalidade determinada e incorruptível que construí para minha Shepard foi… Para isso?”
Como a polêmica maior é sobre os momentos finais da última batalha contra os Reapers já na Terra (mas precisamente em Londres), vamos discutir alguns pontos que simplesmente não fizeram sentido para mim:
1) Cadê o povo lutando? Você passou o raio do jogo todo tentando elevar o seu mapa de “War Assets” com exércitos aliens, naves especiais, esquadrões secretos, mercenários, biotics… Eu, por exemplo, fui para a missão final com 100% de War Assets. Ou seja, todas as forças da galáxia estavam comigo na Terra e… Você viu alguma dessas batalhas acontecendo? Você viu um Gethzinho que seja lutando e não numa “cutscene”? Você viu a Jack e seus alunos biotics, ou o exército de Wrex em ação? Não… Nem eu. E isso me chateou bastante. Eles poderiam lutar ao lado de Shepard de alguma forma, ajudando em algumas waves de inimigos, mas não. Não vi um único mercenário sequer em ação também;
2) War Assets malditos: A única vantagem clara de se conseguir o máximo de “War Assets” para a batalha final é, a meu ver, você não destruir a Terra e os humanos ao ativar o “Crucible”, na Citadel. Ou seja, as horas que você passou naquele multiplayer, por vezes bugado (minha Vanguard que o diga!), com só uns quatro mapas pequenos e que se repetem na campanha principal, foi por quase nada. Simplesmente não gostei dessa estratégia da BioWare em, indiretamente, te obrigar a jogar o modo cooperativo (que nem tem um PvP) por conta desses “War Assets” malditos. Mil desculpas a quem amou esse multiplayer, mas mesmo eu que não tenho o costume de jogar esse modo, posso afirmar que já joguei multiplayers incrivelmente melhores;
3) De frente com o Poltergeist: Na última parte do jogo, você se depara com o que seria o espectro de um “menino”, aquele mesmo menino que Shepard tenta salvar em vão no início do jogo e que assombra seus sonhos. A aparição do Além na verdade se revela como sendo o tal do Catalisador – que você passa o jogo todo correndo atrás. Pois bem, ele te dá três opções de pôr um fim ao ataque dos Reapers: uma se unindo a eles e se tornando um Reaper, a outra unindo tanto os seres orgânicos quanto os sintéticos – criando assim um novo DNA, e uma terceira, onde Shepard destrói os Reapers e todos os demais seres sintéticos (EDI e os Geths morrem também). Independente da escolha que fizer, o final será 97% o mesmo só que com uma explosão de cor diferente: a Citadel é destruída, Shepard se sacrifica, a Terra é salva (se você tiver com um número alto de War Assets), os Mass Relays são destruídos e a Normandy cai num planeta tropical. Custava fazer um final realmente diferente para cada escolha? Será que só deu tempo mesmo de mudar a paleta de cores?
4) Salve-se quem puder: Agora, o momento “nonsense” maior foi Joker, desesperado, fugindo da explosão do Mass Relay com a Normandy… Para tudo!!! Como assim o Joker fugiu? Como assim ele, no calor da batalha, virou as costas para Shepard e se mandou? Como assim a tripulação da Normandy concordou com essa atitude covarde de abandonar a batalha, enquanto todos os outros estavam dando suas vidas para salvar a galáxia? Isso não faz sentido! E nem me venha com essa de dizer que Joker já sabia que estava tudo perdido e que, por isso, foi embora tentar salvar a própria pele porque ele não seria covarde a esse ponto, acredito eu. Agora o absurdo mór: quando a Normandy cai no planeta “whatever” saem da nave (no meu gameplay) Joker, Javik e Kaidan… COMO??? Eles estavam comigo na Terra, inclusive estavam na minha equipe e tomaram a mesma rajada laser do Reaper no final! Eles, por acaso, se teleportaram para a Normandy? Joker deu uma passadinha rápida na Terra, catou os caras e levou embora? E o raio da Shepard? PQP, que punhalada pelas costas! Isso não faz o menor sentidooo-o!
5) De volta ao tempo das Cavernas? A Citadel e os Mass Relays foram destruídos. Consequentemente, não há mais como viajar pelo espaço e os seres agora estão “presos” no planeta que estiverem. Os mundos voltam à estaca zero da evolução galáctica. Pergunta: tem uma cambada de seres de espécies diferentes na Terra agora. E pior, sem poder voltar para seus próprios planetas. A princípio, acredito que eles vão tentar se entender, ou ao menos coexistir, mas e quando faltar água e comida para todo mundo? Isso levando em consideração as espécies que podem se alimentar do que existe na Terra. Minha opinião: não vai demorar muito para algumas espécies caírem em desespero e começarem a matar umas as outras. Teoria maluca? Até pode ser, mas esse povo todo junto no mesmo lugar, e sem ter como voltar para casa, não vai dar certo em longo prazo. Especialmente com as rixas que existem entre algumas espécies. E outra, gostaria muito de ver como os demais personagens levaram a vida. A gente não sabe, com os Reapers derrotados, como a humanidade vai efetivamente se reconstruir das cinzas (e agora sem tecnologia), assim como as outras raças. Não há uma explicação clara sobre isso.
6) O final teria sido uma jogada de marketing? Depois de tantos jogadores insatisfeitos com o final de ME3, a BioWare afirma que lançará um DLC em breve (acredito que já em abril) tentando “explicar melhor as coisas”. Esperar que seja gratuito pelo menos, mas isso já é sonhar demais né? Seria o mínimo de respeito pelos fãs da franquia. Será que o tal do DLC vai mostrar que, na verdade, Shepard estava “sonhando” e que não precisou fazer aquelas escolhas? Vou explicar um pouco melhor essa linha de pensamento mais abaixo.
- O vídeo, a seguir, mostra mais ou menos o que escrevi acima sobre o final do jogo (em inglês):
A “Teoria da Doutrinação” tenta explicar o final de ME3
Na ânsia psicótica de tentar encontrar meios de engolir o final do game, vários jogadores começaram a criar teorias do que poderia ter realmente acontecido. Tirando umas coisas mais malucas que vi por aí, a que faz o melhor sentido (e faz mesmo!) é a “The Indoctrination Theory”, ou “Teoria da Doutrinação”.
Nela é discutida a ideia de que Shepard, desde o primeiro jogo, estava travando uma luta mental contra a dominação dos Reapers. Em outras palavras, Shepard ao entrar em contato pela primeira vez com o artefato Prothean – uma espécie de obelisco – no ME1 teria sido “indocrinado” (essa palavra não existe em português, mas vou usá-la, com licença poética, para ficar mais claro).
A princípio achei isso meio estranho, mas depois de assistir ao vídeo abaixo, não é que os pontos mostrados realmente se encaixam? Vou explicar melhor as ideias expostas no vídeo também, para quem não entende muito bem inglês:
Por uma razão inexplicável, Shepard falha ao tentar ativar o “Crucible” (uma super arma que teria o poder de destruir os Reapers). Então, na cena seguinte, a plataforma da qual ele/ela está caído(a) simplesmente começa a levitar e, do nada, Shepard aparece no que seria a “cobertura de luxo” da Citadel.
Detalhe que talvez tenha passado despercebido por alguém nesse momento: Shepard está no espaço! Não tem nenhum teto nessa cobertura. A armadura dele(a) já está toda lascada e sem o capacete. Como Shepard está respirando, falando e andando normalmente? Isso não pode ser real…
Bom, voltando… É nesse momento “Nirvana Galáctico” que o menino-gasparzinho-catalisador aparece e oferece as seguintes escolhas para Shepard:
- Controlar os Reapers, como queria o Illusive Man;
- Destruir os Reapers, como a Alliance queria;
- Unir os DNAs orgânicos com os dos Reapers, acabando a guerra de forma mutante.
Nenhuma dessas opções faz o menor sentido por algumas razões. Por que a criança “Deus” permitiu que Shepard decidisse o destino da galáxia? Por que este mesmo “Deus” criou uma sala especial na Citadel com três tipos de lasers gigantes e com cores diferentes? E por que “Deus” tomou a forma do menino que Shepard viu morrer no início do jogo (e que representava aqueles que ele/ela não conseguiria salvar)? A lógica não está clara no jogo… A menos que nada disso seja real.
Essa teoria pode soar um pouco maluca, e realmente é puro chá de cogumelo, mas o fato dela ter se tornado tão popular é porque, analisando melhor, o fato de Shepard ter sido “indocrinado” pelos Reapers talvez seja a única forma do final do jogo ter acontecido daquela forma (não deixem de ver o vídeo!).
Mais um detalhe que pode ter passado batido nessa parte: Lembra que Shepard tomou uma rajada de laser de um Reaper, quando estava prestes a ir para Citadel por meio da passagem aberta pelos piolhos mecânicos gigantes? Pois bem, ele/ela quase morreu e a armadura ficou em estado caótico.
Agora o que vai fundir a sua cuca é: como Shepard poderia se comunicar com Anderson, e depois com o Admiral Hackett, se o laser com certeza teria destruído o comunicador móvel da armadura? E se apenas tinha uma única entrada para a Citadel, naquele momento, como Anderson foi parar num lugar diferente de Shepard? Segundo a “Teoria da Doutrinação”, a resposta para isso é simples: tudo isso estava acontecendo somente na cabeça de Shepard, como se fosse uma alucinação criada pelos Reapers.
Existem outros aspectos que sustentam essa teoria também:
- Por que os diálogos entre Anderson, Illusive Man e Shepard não fazem muito sentido no fim? Resposta: Porque eles estão acontecendo apenas na cabeça de Shepard. Reparem que Anderson é como se fosse a parte da mente de Shepard que ainda tenta lutar contra a dominação dos Reapers e a imagem do Illusive Man seria a parte já dominada pela “indocrinação”. Se não for isso, alguém me explica, por favor, como o Illusive Man foi parar dentro da Citadel?
- Por que a Citadel seria equipada com três lasers gigantes que se alinhavam, perfeitamente, com o conflito principal do jogo? Resposta: Eles apenas existiam na mente perturbada de Shepard.
- Por que a BioWare, mestre em escrever narrativas de games, criou um final inferior a brilhante para uma das suas principais franquias? Resposta: Porque eles venderam a alma para a EA.
Em resumo: segundo essa teoria, tudo o que acontece na investida final contra os Reapers, mais precisamente depois que Shepard é atingido(a) pelo laser do Reaper, não é real; é tudo uma representação alucinógena do conflito interno de Shepard contra a dominação mental dos Reapers. Os acontecimentos bizarros que se seguem, a partir desse ponto, nada mais são que fragmentos da mente do(a) Comandante: a discussão entre Anderson e Illusive Man, e o “Deus” menino-espectro oferecendo uma saída fácil para Shepard, seriam os Reapers o tempo todo!
A pergunta que não quer calar: há uma escolha menos pior no final?
Analisando os vídeos que postei aqui, percebi que a única possibilidade de Shepard sobreviver é mesmo destruindo os Reapers, ou seja, fazendo a escolha “vermelha”. O jogo faz uma pegadinha com a sua cabeça na hora das escolhas.
Como viram no vídeo sobre a “Teoria da Doutrinação”, percebe-se que o Illusive Man age como a parte já dominada da mente de Shepard, enquanto Anderson é a parte que ainda luta contra a dominação. Quando o Catalisador, que tomou a forma do menino-fasntasma, diz a Shepard as opções que ele/ela tem, imagens do que pode acontecer aparecem.
Na primeira você vê a imagem de Anderson (Shepard lutando contra a doutrinação) fazendo o que ele lutou até agora para conseguir, ou seja, destruir os Reapers.
E por que a cor vermelha (Renegade) então? Porque na lógica Reaper, a destruição leva ao caos o que – teoricamente – eles lutam contra, já que se julgam a ordem. Quando o “menino” fala para Shepard controlar os Reapers aparece a imagem no Illusive Man, ou seja, a parte de Shepard já dominada. E por que o azul? Porque os Reapers se julgam a ordem, simbolizada pela cor do Paragon, em outras palavras, eles se consideram os “salvadores”. Ao fazer essa escolha, Shepard se tornaria um Reaper e ordenaria que os outros Reapers cessassem o ataque.
Você também tem a opção verde, se jogando no laser no meio da plataforma. Nesse caso, Shepard se sacrifica (assim como na opção azul) e une seu corpo orgânico ao sintético. Em outras palavras, os Reapers “vencem” de certa forma também, já que assim como na opção azul, eles conseguiram o que queriam desde o início dos tempos: “indocrinar” massivamente todos os orgânicos de uma vez, extinguindo a diversidade entre as raças e tornando todos um só.
Resumindo: se é para tentarmos um final menos pior, creio que seria destruindo os Reapers mesmo. Nesse caso, a Terra não será destruída (isso se você tiver coletado o máximo ou bem próximo disso de “War Assets”) e Shepard vive, ou aparenta viver quando dá uma suspirada no final.
Agora estou curiosa para saber se Shepard sobrevive mesmo e, se sim, como vai sair da Citadel se tudo foi destruído e o pessoal da Normandy fugiu para o Limbo?
Considerações finais (se chegou até aqui, parabéns!)
A minha frustração maior com o final de Mass Effect 3 foi a seguinte: Puxa vida… Depois de cinco anos explorando planetas atrás de quinquilharias espaciais, ajudando todo mundo, me lascando várias vezes, fazendo sacrifícios, lutando com a minha alma quando o corpo não obedecia mais… Por que, me digam, por que eu não merecia ter a opção de um final realmente feliz para a minha sofrida Shepard?
Se eu tivesse cagado e andado pelo gameplay e tivesse feito tudo nas coxas, ainda vá lá. Aí eu poderia ser punida no final e não poderia reclamar. Mas não foi isso o que aconteceu! Fechei os três jogos com tudo em 100%. Sou psicótica por perfeição quando amo um jogo.
Todos sobreviveram comigo na “Suicide Mission” em ME2. Eu tinha 100% de “War Assets” no ME3 e já tinha vasculhado todos os planetas em busca de upgrades… Eu estava realmente pronta! Pronta para o final… E mesmo assim todo o empenho não foi o suficiente. Isso minha gente, foi o que mais me frustrou, não me gerou ódio, mas me frustrou profundamente.
Buracos na história sempre são passíveis de existir e sempre tem alguma coisa que não fica muito clara, isso é até normal. Mas, na minha humilde opinião, não de crítica de games, mas de jogadora, eu tenho certeza de que eu MERECIA ter a opção de um final feliz.
Posso ser alvo de críticas ao escrever isso, mas vou dizer assim mesmo: se alguém, genuinamente, amou o final de Mass Effect 3 e não ficou com nenhum questionamento pendente sobre os acontecimentos finais, me desculpe, mas você NÃO jogou a série Mass Effect como deveria. Jogue novamente!
Para fechar essa dissertação de mestrado (rs), repito aqui o que li em um fórum sobre o jogo: “Mass Effect 3 é simplesmente espetacular, maravilhoso e perfeito… Até os 10 minutos finais”.
……………………………
PS: por favor, se alguém for copiar esse texto, ou extrair alguma parte dele, e postar onde quer que seja peço que, ao menos, dê o meu crédito e poste o link desse artigo (e não o da home) junto. Estou dizendo isso porque já achei alguns textos meus perdidos por aí sem crédito ou pior, com a pessoa assinando como se fosse dela. Isso não é bonito! Grata pela atenção.
A série Mass Effect foi uma das maiores experiências, em um meio interativo (um jogo, no caso), que já tive na vida. Engraçado que adiei em quase dois anos jogar o primeiro título, após o seu lançamento, por não gostar muito de filmes, séries e jogos com temática espacial. Paguei feio pela língua, pois a série – com todos os seus personagens marcantes, emoções intensas, sacrifícios, uma narrativa de fazer inveja a diretor de Hollywood e a minha querida Comandante Shepard – me conquistou de uma forma surpreendente e inesquecível.
Quem ainda não teve a oportunidade de jogar a série, por favor, faça um favor a si mesmo e jogue! Você vai entender porque estou dizendo isso.
Bom, mas como em quase toda obra de ficção, às vezes algumas escorregadas acontecem – como aconteceu com o polêmico final desta trilogia. Antes de começar a falar sobre Mass Effect 3, gostaria de deixar algumas coisas bem claras:
O fato do final do jogo não ter me agradado não quer dizer que o game seja ruim. Longe disso, acredito que a série chegou ao seu ápice da convergência entre gameplay, narrativa e visual. Tirando alguns pequenos bugs e quedas de texturas eventuais, ME3 é lindo de se ver.
Estou dizendo isso porque irei fazer críticas, até um pouco duras a alguns aspectos do jogo, mas continuo amando a série. Por isso mesmo, não vou jogar “panos quentes” nos fatos só porque sou fã. Isso não seria justo com os leitores que, pelo menos a meu ver, estão lendo esse artigo para buscar informações relevantes sobre o game.
Dito isso, vamos à análise dos aspectos que mais geraram discussões, controvérsias, revoltas xiitas e queimação de sutiã em praça pública: o final de Mass Effect 3. Vou me ater a expor algumas dúvidas que tive em relação a este final e a “teoria alternativa” que criaram para nos ajudar a “engolir” o final. Espero que isso gere uma boa discussão nos comentários. Essa não é uma análise como costumo fazer (ordenando por gráficos, gameplay, história…), na verdade, este post é mais um debate. Espero que gostem e que participem…
E chegamos ao fim de Mass Effect 3… Que frustrante…
Poucos dias depois do jogo ter sido lançado já era comum ver em sites, blogs e fóruns algumas pessoas possuídas pelo ódio com o final do terceiro jogo. Como tentei evitar ao máximo ler sobre o game, só agora percebi o porquê de tanta indignação: o final de ME3 não é o que eu esperava para finalizar a série.
A sensação que tive quando fechei o jogo não foi de ódio, ou vontade de jogar computador longe (até porque nem terminei de pagar). O sentimento foi de frustração mesmo, ao ponto de eu me perguntar: “puxa, então tudo o que eu fiz ao longo dos três jogos, todo o exército que reuni, toda a personalidade determinada e incorruptível que construí para minha Shepard foi… Para isso?”
Como a polêmica maior é sobre os momentos finais da última batalha contra os Reapers já na Terra (mas precisamente em Londres), vamos discutir alguns pontos que simplesmente não fizeram sentido para mim:
1) Cadê o povo lutando? Você passou o raio do jogo todo tentando elevar o seu mapa de “War Assets” com exércitos aliens, naves especiais, esquadrões secretos, mercenários, biotics… Eu, por exemplo, fui para a missão final com 100% de War Assets. Ou seja, todas as forças da galáxia estavam comigo na Terra e… Você viu alguma dessas batalhas acontecendo? Você viu um Gethzinho que seja lutando e não numa “cutscene”? Você viu a Jack e seus alunos biotics, ou o exército de Wrex em ação? Não… Nem eu. E isso me chateou bastante. Eles poderiam lutar ao lado de Shepard de alguma forma, ajudando em algumas waves de inimigos, mas não. Não vi um único mercenário sequer em ação também;
2) War Assets malditos: A única vantagem clara de se conseguir o máximo de “War Assets” para a batalha final é, a meu ver, você não destruir a Terra e os humanos ao ativar o “Crucible”, na Citadel. Ou seja, as horas que você passou naquele multiplayer, por vezes bugado (minha Vanguard que o diga!), com só uns quatro mapas pequenos e que se repetem na campanha principal, foi por quase nada. Simplesmente não gostei dessa estratégia da BioWare em, indiretamente, te obrigar a jogar o modo cooperativo (que nem tem um PvP) por conta desses “War Assets” malditos. Mil desculpas a quem amou esse multiplayer, mas mesmo eu que não tenho o costume de jogar esse modo, posso afirmar que já joguei multiplayers incrivelmente melhores;
3) De frente com o Poltergeist: Na última parte do jogo, você se depara com o que seria o espectro de um “menino”, aquele mesmo menino que Shepard tenta salvar em vão no início do jogo e que assombra seus sonhos. A aparição do Além na verdade se revela como sendo o tal do Catalisador – que você passa o jogo todo correndo atrás. Pois bem, ele te dá três opções de pôr um fim ao ataque dos Reapers: uma se unindo a eles e se tornando um Reaper, a outra unindo tanto os seres orgânicos quanto os sintéticos – criando assim um novo DNA, e uma terceira, onde Shepard destrói os Reapers e todos os demais seres sintéticos (EDI e os Geths morrem também). Independente da escolha que fizer, o final será 97% o mesmo só que com uma explosão de cor diferente: a Citadel é destruída, Shepard se sacrifica, a Terra é salva (se você tiver com um número alto de War Assets), os Mass Relays são destruídos e a Normandy cai num planeta tropical. Custava fazer um final realmente diferente para cada escolha? Será que só deu tempo mesmo de mudar a paleta de cores?
4) Salve-se quem puder: Agora, o momento “nonsense” maior foi Joker, desesperado, fugindo da explosão do Mass Relay com a Normandy… Para tudo!!! Como assim o Joker fugiu? Como assim ele, no calor da batalha, virou as costas para Shepard e se mandou? Como assim a tripulação da Normandy concordou com essa atitude covarde de abandonar a batalha, enquanto todos os outros estavam dando suas vidas para salvar a galáxia? Isso não faz sentido! E nem me venha com essa de dizer que Joker já sabia que estava tudo perdido e que, por isso, foi embora tentar salvar a própria pele porque ele não seria covarde a esse ponto, acredito eu. Agora o absurdo mór: quando a Normandy cai no planeta “whatever” saem da nave (no meu gameplay) Joker, Javik e Kaidan… COMO??? Eles estavam comigo na Terra, inclusive estavam na minha equipe e tomaram a mesma rajada laser do Reaper no final! Eles, por acaso, se teleportaram para a Normandy? Joker deu uma passadinha rápida na Terra, catou os caras e levou embora? E o raio da Shepard? PQP, que punhalada pelas costas! Isso não faz o menor sentidooo-o!
5) De volta ao tempo das Cavernas? A Citadel e os Mass Relays foram destruídos. Consequentemente, não há mais como viajar pelo espaço e os seres agora estão “presos” no planeta que estiverem. Os mundos voltam à estaca zero da evolução galáctica. Pergunta: tem uma cambada de seres de espécies diferentes na Terra agora. E pior, sem poder voltar para seus próprios planetas. A princípio, acredito que eles vão tentar se entender, ou ao menos coexistir, mas e quando faltar água e comida para todo mundo? Isso levando em consideração as espécies que podem se alimentar do que existe na Terra. Minha opinião: não vai demorar muito para algumas espécies caírem em desespero e começarem a matar umas as outras. Teoria maluca? Até pode ser, mas esse povo todo junto no mesmo lugar, e sem ter como voltar para casa, não vai dar certo em longo prazo. Especialmente com as rixas que existem entre algumas espécies. E outra, gostaria muito de ver como os demais personagens levaram a vida. A gente não sabe, com os Reapers derrotados, como a humanidade vai efetivamente se reconstruir das cinzas (e agora sem tecnologia), assim como as outras raças. Não há uma explicação clara sobre isso.
6) O final teria sido uma jogada de marketing? Depois de tantos jogadores insatisfeitos com o final de ME3, a BioWare afirma que lançará um DLC em breve (acredito que já em abril) tentando “explicar melhor as coisas”. Esperar que seja gratuito pelo menos, mas isso já é sonhar demais né? Seria o mínimo de respeito pelos fãs da franquia. Será que o tal do DLC vai mostrar que, na verdade, Shepard estava “sonhando” e que não precisou fazer aquelas escolhas? Vou explicar um pouco melhor essa linha de pensamento mais abaixo.
- O vídeo, a seguir, mostra mais ou menos o que escrevi acima sobre o final do jogo (em inglês):
A “Teoria da Doutrinação” tenta explicar o final de ME3
Na ânsia psicótica de tentar encontrar meios de engolir o final do game, vários jogadores começaram a criar teorias do que poderia ter realmente acontecido. Tirando umas coisas mais malucas que vi por aí, a que faz o melhor sentido (e faz mesmo!) é a “The Indoctrination Theory”, ou “Teoria da Doutrinação”.
Nela é discutida a ideia de que Shepard, desde o primeiro jogo, estava travando uma luta mental contra a dominação dos Reapers. Em outras palavras, Shepard ao entrar em contato pela primeira vez com o artefato Prothean – uma espécie de obelisco – no ME1 teria sido “indocrinado” (essa palavra não existe em português, mas vou usá-la, com licença poética, para ficar mais claro).
A princípio achei isso meio estranho, mas depois de assistir ao vídeo abaixo, não é que os pontos mostrados realmente se encaixam? Vou explicar melhor as ideias expostas no vídeo também, para quem não entende muito bem inglês:
Por uma razão inexplicável, Shepard falha ao tentar ativar o “Crucible” (uma super arma que teria o poder de destruir os Reapers). Então, na cena seguinte, a plataforma da qual ele/ela está caído(a) simplesmente começa a levitar e, do nada, Shepard aparece no que seria a “cobertura de luxo” da Citadel.
Detalhe que talvez tenha passado despercebido por alguém nesse momento: Shepard está no espaço! Não tem nenhum teto nessa cobertura. A armadura dele(a) já está toda lascada e sem o capacete. Como Shepard está respirando, falando e andando normalmente? Isso não pode ser real…
Bom, voltando… É nesse momento “Nirvana Galáctico” que o menino-gasparzinho-catalisador aparece e oferece as seguintes escolhas para Shepard:
- Controlar os Reapers, como queria o Illusive Man;
- Destruir os Reapers, como a Alliance queria;
- Unir os DNAs orgânicos com os dos Reapers, acabando a guerra de forma mutante.
Nenhuma dessas opções faz o menor sentido por algumas razões. Por que a criança “Deus” permitiu que Shepard decidisse o destino da galáxia? Por que este mesmo “Deus” criou uma sala especial na Citadel com três tipos de lasers gigantes e com cores diferentes? E por que “Deus” tomou a forma do menino que Shepard viu morrer no início do jogo (e que representava aqueles que ele/ela não conseguiria salvar)? A lógica não está clara no jogo… A menos que nada disso seja real.
Essa teoria pode soar um pouco maluca, e realmente é puro chá de cogumelo, mas o fato dela ter se tornado tão popular é porque, analisando melhor, o fato de Shepard ter sido “indocrinado” pelos Reapers talvez seja a única forma do final do jogo ter acontecido daquela forma (não deixem de ver o vídeo!).
Mais um detalhe que pode ter passado batido nessa parte: Lembra que Shepard tomou uma rajada de laser de um Reaper, quando estava prestes a ir para Citadel por meio da passagem aberta pelos piolhos mecânicos gigantes? Pois bem, ele/ela quase morreu e a armadura ficou em estado caótico.
Agora o que vai fundir a sua cuca é: como Shepard poderia se comunicar com Anderson, e depois com o Admiral Hackett, se o laser com certeza teria destruído o comunicador móvel da armadura? E se apenas tinha uma única entrada para a Citadel, naquele momento, como Anderson foi parar num lugar diferente de Shepard? Segundo a “Teoria da Doutrinação”, a resposta para isso é simples: tudo isso estava acontecendo somente na cabeça de Shepard, como se fosse uma alucinação criada pelos Reapers.
Existem outros aspectos que sustentam essa teoria também:
- Por que os diálogos entre Anderson, Illusive Man e Shepard não fazem muito sentido no fim? Resposta: Porque eles estão acontecendo apenas na cabeça de Shepard. Reparem que Anderson é como se fosse a parte da mente de Shepard que ainda tenta lutar contra a dominação dos Reapers e a imagem do Illusive Man seria a parte já dominada pela “indocrinação”. Se não for isso, alguém me explica, por favor, como o Illusive Man foi parar dentro da Citadel?
- Por que a Citadel seria equipada com três lasers gigantes que se alinhavam, perfeitamente, com o conflito principal do jogo? Resposta: Eles apenas existiam na mente perturbada de Shepard.
- Por que a BioWare, mestre em escrever narrativas de games, criou um final inferior a brilhante para uma das suas principais franquias? Resposta: Porque eles venderam a alma para a EA.
Em resumo: segundo essa teoria, tudo o que acontece na investida final contra os Reapers, mais precisamente depois que Shepard é atingido(a) pelo laser do Reaper, não é real; é tudo uma representação alucinógena do conflito interno de Shepard contra a dominação mental dos Reapers. Os acontecimentos bizarros que se seguem, a partir desse ponto, nada mais são que fragmentos da mente do(a) Comandante: a discussão entre Anderson e Illusive Man, e o “Deus” menino-espectro oferecendo uma saída fácil para Shepard, seriam os Reapers o tempo todo!
A pergunta que não quer calar: há uma escolha menos pior no final?
Analisando os vídeos que postei aqui, percebi que a única possibilidade de Shepard sobreviver é mesmo destruindo os Reapers, ou seja, fazendo a escolha “vermelha”. O jogo faz uma pegadinha com a sua cabeça na hora das escolhas.
Como viram no vídeo sobre a “Teoria da Doutrinação”, percebe-se que o Illusive Man age como a parte já dominada da mente de Shepard, enquanto Anderson é a parte que ainda luta contra a dominação. Quando o Catalisador, que tomou a forma do menino-fasntasma, diz a Shepard as opções que ele/ela tem, imagens do que pode acontecer aparecem.
Na primeira você vê a imagem de Anderson (Shepard lutando contra a doutrinação) fazendo o que ele lutou até agora para conseguir, ou seja, destruir os Reapers.
E por que a cor vermelha (Renegade) então? Porque na lógica Reaper, a destruição leva ao caos o que – teoricamente – eles lutam contra, já que se julgam a ordem. Quando o “menino” fala para Shepard controlar os Reapers aparece a imagem no Illusive Man, ou seja, a parte de Shepard já dominada. E por que o azul? Porque os Reapers se julgam a ordem, simbolizada pela cor do Paragon, em outras palavras, eles se consideram os “salvadores”. Ao fazer essa escolha, Shepard se tornaria um Reaper e ordenaria que os outros Reapers cessassem o ataque.
Você também tem a opção verde, se jogando no laser no meio da plataforma. Nesse caso, Shepard se sacrifica (assim como na opção azul) e une seu corpo orgânico ao sintético. Em outras palavras, os Reapers “vencem” de certa forma também, já que assim como na opção azul, eles conseguiram o que queriam desde o início dos tempos: “indocrinar” massivamente todos os orgânicos de uma vez, extinguindo a diversidade entre as raças e tornando todos um só.
Resumindo: se é para tentarmos um final menos pior, creio que seria destruindo os Reapers mesmo. Nesse caso, a Terra não será destruída (isso se você tiver coletado o máximo ou bem próximo disso de “War Assets”) e Shepard vive, ou aparenta viver quando dá uma suspirada no final.
Agora estou curiosa para saber se Shepard sobrevive mesmo e, se sim, como vai sair da Citadel se tudo foi destruído e o pessoal da Normandy fugiu para o Limbo?
Considerações finais (se chegou até aqui, parabéns!)
A minha frustração maior com o final de Mass Effect 3 foi a seguinte: Puxa vida… Depois de cinco anos explorando planetas atrás de quinquilharias espaciais, ajudando todo mundo, me lascando várias vezes, fazendo sacrifícios, lutando com a minha alma quando o corpo não obedecia mais… Por que, me digam, por que eu não merecia ter a opção de um final realmente feliz para a minha sofrida Shepard?
Se eu tivesse cagado e andado pelo gameplay e tivesse feito tudo nas coxas, ainda vá lá. Aí eu poderia ser punida no final e não poderia reclamar. Mas não foi isso o que aconteceu! Fechei os três jogos com tudo em 100%. Sou psicótica por perfeição quando amo um jogo.
Todos sobreviveram comigo na “Suicide Mission” em ME2. Eu tinha 100% de “War Assets” no ME3 e já tinha vasculhado todos os planetas em busca de upgrades… Eu estava realmente pronta! Pronta para o final… E mesmo assim todo o empenho não foi o suficiente. Isso minha gente, foi o que mais me frustrou, não me gerou ódio, mas me frustrou profundamente.
Buracos na história sempre são passíveis de existir e sempre tem alguma coisa que não fica muito clara, isso é até normal. Mas, na minha humilde opinião, não de crítica de games, mas de jogadora, eu tenho certeza de que eu MERECIA ter a opção de um final feliz.
Posso ser alvo de críticas ao escrever isso, mas vou dizer assim mesmo: se alguém, genuinamente, amou o final de Mass Effect 3 e não ficou com nenhum questionamento pendente sobre os acontecimentos finais, me desculpe, mas você NÃO jogou a série Mass Effect como deveria. Jogue novamente!
Para fechar essa dissertação de mestrado (rs), repito aqui o que li em um fórum sobre o jogo: “Mass Effect 3 é simplesmente espetacular, maravilhoso e perfeito… Até os 10 minutos finais”.
……………………………
PS: por favor, se alguém for copiar esse texto, ou extrair alguma parte dele, e postar onde quer que seja peço que, ao menos, dê o meu crédito e poste o link desse artigo (e não o da home) junto. Estou dizendo isso porque já achei alguns textos meus perdidos por aí sem crédito ou pior, com a pessoa assinando como se fosse dela. Isso não é bonito! Grata pela atenção.
sexta-feira, 23 de março de 2012
Após reclamações de fãs, produtora diz que mudará final de 'Mass Effect 3'
Cofundador da Bioware diz que mudança pode chegar por download.
Críticas foram 'dolorosas', afirma Ray Muzuka.
Milhares de fãs da saga de RPG assinaram uma petição on-line pedindo a alteração do final do jogo, com alguns jogadores enviando queixas ao Federal Trade Comission, uma espécie de Procon dos Estados Unidos, alegando que a Bioware não atendeu às expectativas, fazendo uma propaganda enganosa com o título.
Ainda segundo o "Kotaku", Muzyka disse que o retorno dos fãs sempre é importante e que escuta críticas, mas que alguns foram "longe demais". "Algumas críticas, mesmo que baseadas em princípios válidos, infelizmente se tornaram destrutivas. Ouviremos e respondermos críticas construtivas. Não vamos tolerar ataques individuais aos membros da nossa equipe, nem vamos apoiar ou responder comentários destrutivos".
Ainda não há data para o conteúdo extra com o novo final de "Mass Effect 3".
por DJSN, fonte: G1/Globo
O caso Mass Effect 3 e a fúria contra a bioware
Derrapada inicial
Vamos aos exemplos:
- algum personagem do game morreu no seu save? Sem problemas, para a trama não sair do roteiro (o que é curioso já que mass effect É UM JOGO DE ESCOLHAS, e é vendido com a propaganda de " faça a sua própria historia", enfim) vai aparecer um novo personagem idêntico ao defunto para tomar o seu lugar, alguns personagens até vão fazer piadas sobre o "não-mordin" e a "não-tali", dependendo do seu senso de humor e apego para com o jogo e sua proposta isso pode não incomodar, mas não se preocupe meu amigo, isso é só o save game, ainda nem começamos o jogo.
Recheio sem gosto
As mudanças anteriores são fruto da bioware tentar deixar o jogo mais condizente com as novelas e HQs de ME (que são mau escritas e chatas na melhor das hipóteses) e isso vai deixar o jogo bem linear (suas escolhas não vão mudar absolutamente nada no jogo) e vão criar umas situações que nem com muita suspensão de descrença* da pra engolir, e se prepara que vão vir uns """"""spoilers"""" não se preocupe, o jogo não revela nada, absolutamente nada de relevante.
Se você viu os trailers ou jogou a demo já sabe que o game começa com você na corte marcial sendo acusado de....... Nada! Você por defalt nos jogos anteriores desrespeitou ordens de superiores, se aliou a terroristas e até explodiu um sistema solar, mas não é acusado de nada formalmente. Isso pode passar batido mas o que vem depois é hilário caso você tenha um senso de humor peculiar, no começo da invasão dos reapers um garotinho morre e você fica tão perturbado com isso que tem até pesadelos, MESMO QUE VOCÊ ESTEJA NO MAIS ALTO NÍVEL DE RENEGADE. E olhe só que cômico, quando você escolhe a historia passada do seu shepard, você sempre da um backgroud muito sinistro pra ele, mesmo que você escolha ser paragon, quem se deu ao trabalho de ler os passados disponíveis viu que tem material pra muita noite em claro ali, e como já dito, no decorrer da historia você faz muitas coisas de forma compulsória (a galáxia que você explodiu #¥%?#), mas nada disso importa, como agora as escolhas são irrelevantes os produtores escolheram que a morte de uma pessoa pela qual você não tem culpa alguma é crucial("mas você não entendeu isso deu um rosto a tragédia blá blá blá", filho, como eu já disse você fez coisa pior e foi traçar um ÉT depois).
O final????? Ou spoiler sem spoiler
Agora que o bicho pega, como já falei em tópicos, o """""final"""""" já é ruim, mas o contexto da obra que deixa tudo brilhante.
Bem, depois de fazer todas as missões do jogo, e do multiplayer, afinal se não fazer o multiplayer você só destrava 60% dos recursos, você esta na ultima missão e tem 3 escolhas que vão definir o final do jogo (como já disse antes, tudo pelo que você passou e escolheu é inútil), você vê a sua animação final, que além de inconclusiva mostra algo que você sabe que vai acontecer desde o final do primeiro (serio, mass effect 2 foi completamente descartado), mas esse não é um final do jogo, SÃO TODOS OS 3, isso mesmo, todos os finais são idênticos, com tirando uma cor que muda é tudo a mesma coisa.
Porém caso você tenha jogado o multiplayer a contra gosto para garantir 100% você terá um extra, UMA TELINHA DIZENDO QUE O FINAL SERÁ MOSTRADO EM UMA DLC, isso não é brincadeira, jogue e veja com seus próprios olhos o apogeu da máfia das DLCs.
Resumindo, não é só uma questão do jogo ter problemas quanto a sua própria proposta (vamos convir, as batalhas ainda são divertidas) ou ao """"""""final"""""""" ruim e inconclusivo (mesmo os produtores falando em todas as entrevistas que o jogo ia fechar todas as pontas soltas entre outras promessas). O grande erro do jogo é chamar o consumidor de idiota e vender um produto incompleto, não é nem um personagem ou missão extra, é o próprio final do jogo, e isso na maior cara de pau.
*= suspensão da descrença, é o recurso narrativo de impor regras para um mundo fantástico/fictício afim de justificar seus acontecimentos.
por scheldon
Do site Gamevicio
sexta-feira, 9 de março de 2012
Análise MASS EFFECT 3
Mass Effect 3
encerra a trilogia estrelada pelo capitão Shepard e a equipe da
espaçonave Normandy. Mesmo após os diversos alertas do herói, nada foi
feito para evitar que os poderosos Reapers chegassem à Terra e
iniciassem a destruição do planeta.
Durante a aventura, o herói recruta novos e antigos aliados, precisando convencer as diferenças raças da galáxia a se unir contra um inimigo em comum. Suas decisões precisam ser rápidas: o destino da existência está jogo, e somente você é capaz de evitar um novo ciclo de extinção em massa.
O BJ testou a mais nova produção da BioWare e traz logo abaixo a análise completa do título. Confira nossas impressões e não deixe de registrar sua opinião em nossa seção de comentários.
A BioWare parece ter escutado todas as críticas feitas aos capítulos anteriores da franquia enquanto desenvolvia Mass Effect 3. É difícil encontrar algum critério que não tenha sido aprimorado pelo menos de forma superficial.
Isso é provado pela história, que se desenvolve em uma velocidade muito mais rápida que antes: em questão de poucas horas você já vai ter presenciado a destruição da Terra, passado por Marte e conversado com o conselho alienígena da Citadel.
Uma apresentação ainda mais cinematográfica garante um ritmo alucinado ao jogo, que deixa um pouco de lado os diálogos expositivos que marcavam as versões anteriores. Um ponto notável é a introdução de cenas não interativas no meio da ação, que tornam muito mais fácil a tarefa de imergir nos ambientes e situações mostradas.
Combate aprimorado
Os conflitos do título acontecem de forma muito mais rápida do que antes, devido a aprimoramentos na maneira como Shepard e seu time se movimentam e interagem com os ambientes. Manter o protagonista protegido agora é uma tarefa muito mais fácil, devido a um sistema de cobertura aprimorado que permite trocar facilmente o posicionamento dos personagens.
Além disso, os inimigos trabalham melhor em equipe e são capazes de aproveitar suas diferentes características e superioridade numérica para destruir facilmente os heróis. Quem estava acostumado a usar as mesmas táticas e armamentos vai se surpreender ao notar a variedade de possibilidades que o game oferece.
Experiência adaptável
Seja você um grande fã de RPGs que não domina muito bem os combates ou viciado em FPS que nunca teve muita paciência para histórias, Mass Effect 3 é uma boa adição à sua coleção.
No começo da aventura, é possível escolher entre os modos Action, Story e RPG. No primeiro, os tiroteios se tornam mais desafiadores e todos os diálogos são reproduzidos como se fossem cenas não interativas. No segundo, os inimigos vão morrer com poucos tiros, o que permite que você se concentre inteiramente na trama. Já modo RPG mantém intacta a mistura entre ação e diálogos que caracterizam a série até o momento.
Essas divisões fazem com que o título seja o mais acessível de toda a franquia, permitindo que pessoas com habilidades e gostos diferentes aproveitem a mesma experiência. Sem dúvida, a iniciativa da BioWare deve inspirar outras desenvolvedoras a trabalharem em sitemas semelhantes no futuro.
Equipamentos personalizados
Entre as principais reclamações relacionadas ao segundo título da série estava o fato de que havia poucas opções de personalização. Tanto os equipamentos quanto as armas usadas durante a aventura eram limitadas a poucas opções, que contavam com poucas opções de personalização.
Mass Effect 3 muda isso ao introduzir um sistema de acessórios que permite alterar algumas características das armas equipadas. Itens espalhados pelos cenários e lojas do game permitem que você aumente a estabilidade, poder de tiro, quantidade de munição ou a velocidade de seus tiros, entre outros critérios variados.
Também foi adicionado um sistema de peso que adiciona mais estratégia à escolha de equipamentos. Quanto mais armamentos você equipa, maior o tempo que as habilidades disponíveis levam para recarregar. Dessa forma, fica a seu critério andar com várias opções de ataque ou optar por somente uma pistola para, dessa forma, poder abusar à vontade de poderes especiais.
A volta dos elementos de RPG
O sistema de evolução dos personagens foi reformulado para permitir uma maior personalização de suas habilidades. Assim que você escolhe um poder, surge um menu especial em que é possível optar por caminhos diferentes, cada um com um bônus único.
Embora não revolucione a série, a novidade faz com que a experiência se torne ainda mais pessoal. Com o sistema, dificilmente seu time vai contar com as mesmas habilidades escolhidas por outra pessoa, característica que também estimula terminar mais de uma vez os eventos dessa guerra espacial.
Modo multiplayer
Embora a inclusão de um modo para vários jogadores em um RPG pareça estranha, a BioWare incorporou o recurso de forma bastante competente. Nessa opção exclusivamente cooperativa, você assume o papel de um soldado que, junto com outras três pessoas, precisa derrotar 11 ondas de inimigos com grau de dificuldade crescente.
Além de provar que o sistema de combate funciona bem sem nenhuma história, o multiplayer também ajuda na aventura principal. Quanto mais vitórias você obtém, maior a probabilidade de conseguir recrutar os aliados de que precisa para derrotar de vez a ameaça representada pelos Reapers.
Como forma de evitar a pirataria, a Electronic Arts faz uma checagem online das informações do jogo toda vez que ele é iniciado. O problema desse sistema é que, além de levar cerca de um minuto para o processo acontecer, não é possível ter acesso aos DLCs do game caso uma conexão não esteja disponível.
Assim, não interessa se você já possui 30 horas de aventura e usou sempre a mesma plataforma: caso os servidores da companhia estejam fora do ar, é impossível ter acesso aos saves que possuem qualquer conteúdo adicional agregado. É difícil entender os motivos por traz de tanto rigor, já que isso só serve para punir quem comprou o game original.
Bugs mais perigosos que os Reapers
Apesar de o visual do título estar mais bonito que as versões anteriores, fica claro que a engine usada pela BioWare precisa ser refinada. Durante nossos testes, presenciamos falhas que, se não prejudicam a aventura, incomodam bastante os mais atenciosos.
A inteligência artificial dos inimigos nem sempre estabelece táticas inteligentes, e é fácil ver personagens atravessando uns aos outros. Além disso, muitos adversários mortos parecem ter verdadeiros ataques epiléticos, e não é difícil ver inimigos com a habilidade de andar no ar. Os problemas devem ser corrigidos em patches futuros, mas não deixam de ser um testemunho da falta de atenção dos desenvolvedores.
O game é capaz de agradar tanto quem acompanha a franquia desde 2007 quanto àqueles que nunca se aventuraram pela saga espacial. A produção estabelece um novo patamar de qualidade para os RPGs de ação, e desde já é um sério concorrente ao troféu de melhor lançamento de 2012.
Fonte: Baixakijogos
Durante a aventura, o herói recruta novos e antigos aliados, precisando convencer as diferenças raças da galáxia a se unir contra um inimigo em comum. Suas decisões precisam ser rápidas: o destino da existência está jogo, e somente você é capaz de evitar um novo ciclo de extinção em massa.
O BJ testou a mais nova produção da BioWare e traz logo abaixo a análise completa do título. Confira nossas impressões e não deixe de registrar sua opinião em nossa seção de comentários.
Aprovado
Ritmo alucinanteA BioWare parece ter escutado todas as críticas feitas aos capítulos anteriores da franquia enquanto desenvolvia Mass Effect 3. É difícil encontrar algum critério que não tenha sido aprimorado pelo menos de forma superficial.
Isso é provado pela história, que se desenvolve em uma velocidade muito mais rápida que antes: em questão de poucas horas você já vai ter presenciado a destruição da Terra, passado por Marte e conversado com o conselho alienígena da Citadel.
Uma apresentação ainda mais cinematográfica garante um ritmo alucinado ao jogo, que deixa um pouco de lado os diálogos expositivos que marcavam as versões anteriores. Um ponto notável é a introdução de cenas não interativas no meio da ação, que tornam muito mais fácil a tarefa de imergir nos ambientes e situações mostradas.
Combate aprimorado
Os conflitos do título acontecem de forma muito mais rápida do que antes, devido a aprimoramentos na maneira como Shepard e seu time se movimentam e interagem com os ambientes. Manter o protagonista protegido agora é uma tarefa muito mais fácil, devido a um sistema de cobertura aprimorado que permite trocar facilmente o posicionamento dos personagens.
Além disso, os inimigos trabalham melhor em equipe e são capazes de aproveitar suas diferentes características e superioridade numérica para destruir facilmente os heróis. Quem estava acostumado a usar as mesmas táticas e armamentos vai se surpreender ao notar a variedade de possibilidades que o game oferece.
Experiência adaptável
Seja você um grande fã de RPGs que não domina muito bem os combates ou viciado em FPS que nunca teve muita paciência para histórias, Mass Effect 3 é uma boa adição à sua coleção.
No começo da aventura, é possível escolher entre os modos Action, Story e RPG. No primeiro, os tiroteios se tornam mais desafiadores e todos os diálogos são reproduzidos como se fossem cenas não interativas. No segundo, os inimigos vão morrer com poucos tiros, o que permite que você se concentre inteiramente na trama. Já modo RPG mantém intacta a mistura entre ação e diálogos que caracterizam a série até o momento.
Essas divisões fazem com que o título seja o mais acessível de toda a franquia, permitindo que pessoas com habilidades e gostos diferentes aproveitem a mesma experiência. Sem dúvida, a iniciativa da BioWare deve inspirar outras desenvolvedoras a trabalharem em sitemas semelhantes no futuro.
Equipamentos personalizados
Entre as principais reclamações relacionadas ao segundo título da série estava o fato de que havia poucas opções de personalização. Tanto os equipamentos quanto as armas usadas durante a aventura eram limitadas a poucas opções, que contavam com poucas opções de personalização.
Mass Effect 3 muda isso ao introduzir um sistema de acessórios que permite alterar algumas características das armas equipadas. Itens espalhados pelos cenários e lojas do game permitem que você aumente a estabilidade, poder de tiro, quantidade de munição ou a velocidade de seus tiros, entre outros critérios variados.
Também foi adicionado um sistema de peso que adiciona mais estratégia à escolha de equipamentos. Quanto mais armamentos você equipa, maior o tempo que as habilidades disponíveis levam para recarregar. Dessa forma, fica a seu critério andar com várias opções de ataque ou optar por somente uma pistola para, dessa forma, poder abusar à vontade de poderes especiais.
A volta dos elementos de RPG
O sistema de evolução dos personagens foi reformulado para permitir uma maior personalização de suas habilidades. Assim que você escolhe um poder, surge um menu especial em que é possível optar por caminhos diferentes, cada um com um bônus único.
Embora não revolucione a série, a novidade faz com que a experiência se torne ainda mais pessoal. Com o sistema, dificilmente seu time vai contar com as mesmas habilidades escolhidas por outra pessoa, característica que também estimula terminar mais de uma vez os eventos dessa guerra espacial.
Modo multiplayer
Embora a inclusão de um modo para vários jogadores em um RPG pareça estranha, a BioWare incorporou o recurso de forma bastante competente. Nessa opção exclusivamente cooperativa, você assume o papel de um soldado que, junto com outras três pessoas, precisa derrotar 11 ondas de inimigos com grau de dificuldade crescente.
Além de provar que o sistema de combate funciona bem sem nenhuma história, o multiplayer também ajuda na aventura principal. Quanto mais vitórias você obtém, maior a probabilidade de conseguir recrutar os aliados de que precisa para derrotar de vez a ameaça representada pelos Reapers.
Reprovado
Exigência de uma conexão constanteComo forma de evitar a pirataria, a Electronic Arts faz uma checagem online das informações do jogo toda vez que ele é iniciado. O problema desse sistema é que, além de levar cerca de um minuto para o processo acontecer, não é possível ter acesso aos DLCs do game caso uma conexão não esteja disponível.
Assim, não interessa se você já possui 30 horas de aventura e usou sempre a mesma plataforma: caso os servidores da companhia estejam fora do ar, é impossível ter acesso aos saves que possuem qualquer conteúdo adicional agregado. É difícil entender os motivos por traz de tanto rigor, já que isso só serve para punir quem comprou o game original.
Bugs mais perigosos que os Reapers
Apesar de o visual do título estar mais bonito que as versões anteriores, fica claro que a engine usada pela BioWare precisa ser refinada. Durante nossos testes, presenciamos falhas que, se não prejudicam a aventura, incomodam bastante os mais atenciosos.
A inteligência artificial dos inimigos nem sempre estabelece táticas inteligentes, e é fácil ver personagens atravessando uns aos outros. Além disso, muitos adversários mortos parecem ter verdadeiros ataques epiléticos, e não é difícil ver inimigos com a habilidade de andar no ar. Os problemas devem ser corrigidos em patches futuros, mas não deixam de ser um testemunho da falta de atenção dos desenvolvedores.
Vale a pena?
As pequenas falhas de Mass Effect 3 são esquecidas facilmente quando se leva em conta a grande qualidade da produção. De maneira surpreendente, a BioWare conseguiu tornar o jogo ainda melhor que seus antecessores, e é difícil pensar em um final melhor para a aventura de Shepard e a equipe da Normandy.O game é capaz de agradar tanto quem acompanha a franquia desde 2007 quanto àqueles que nunca se aventuraram pela saga espacial. A produção estabelece um novo patamar de qualidade para os RPGs de ação, e desde já é um sério concorrente ao troféu de melhor lançamento de 2012.
Fonte: Baixakijogos
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